NO SILÊNCIO A POESIA GERMINA




NO SILÊNCIO A POESIA GERMINA


Esta manhã andei folheando os livros da vida
Suas folhas tinham-se tornado em matizes coloridas

Com palavras que escolhi, cartas do verão passado.

Olhei os poemas com letras desbotadas
Removi pecados passados em um texto amarelecido
Encontrei uma página em branco

Plantei os bulbos das palavras que me veio em mente
Plantei algumas consoantes
Caprichei um pouco mais em um quadro de vogais

Estou rodeada de fileiras de canteiros
Os acentos com um ar aromatizado
Semeado para fazer um pequeno recanto de lendas

Mais tarde preparou a praça de pontuação
Uma fila de vírgulas, um pouco de exclamações.
Uma saraivada de vários pontos e perguntas

Eu coloquei o efeito estufa na feira das Maiúsculas
Cobri parênteses com minúsculas
E cercado por caracteres, um tule especial.

Enxuguei a papelada com estilo
Armazenado em um frasco de vidro frágil inspiração
Fechou o livro na página e tornou-se febril

No jardim das palavras, a disposição chegou
Eu comecei plantando guardas not books
No silêncio, os poemas podem germinar.

Rosangela Colares










Comentários

Dulce disse…
As palavras, os pontos e as folhas dançaram com brio nos seus versos, querida Rosangela! Adorei!
Men@ disse…
Belíssimo Rosangela
Canteiros bem cuidados costumam germinar as sementes que caem dos bicos dos pássaros em suas revoadas e desabrocham nas mais diversas e lindas flores, que cumprindo suas existências, ainda deixam seus perfumes empregnados n'alma daqueles que as tocaram.
besOSMen@
Seu Link encontra-se em lista de indicações para os seguidores do blog:http://meninosemjuizoemversos.blogspot.com.br/

Seja bem vinda!!!
Por de trás de um blog assim, está, certamente, uma grande mulher.
Adorei.
Abraço

henrique pedro

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